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SETE TESES SOBRE A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES – 6

Posted in Educação por APEDE em 17/07/2009

A avaliação do desempenho deve abandonar toda a pretensão de encontrar critérios universais para definir, de uma vez por todas, o que um professor deve ser, pois é certamente muito mais viável reunir consenso sobre o que um professor não deve ser:

  • Um professor não deve cometer erros científicos graves e, ao mesmo tempo, mostrar uma relutância persistente em corrigi-los.
  • Um professor não deve pautar a sua actuação na sala de aula por uma sistemática dificuldade de relacionamento com os alunos, quer por total incapacidade para impor a disciplina, quer por autoritarismo desproporcionado ou ineficaz.
  • Um professor não deve desrespeitar permanentemente as planificações e os critérios de avaliação acordados no interior dos grupos de docência.
    Um professor não deve recorrer ao laxismo e ao facilitismo para obter resultados escolares inflacionados.
  • Um professor não deve assumir, para com os seus alunos, comportamentos inequívoca e comprovadamente discriminatórios ou de teor racista.
  • Um professor não deve exibir um desleixo recorrente no cumprimento das tarefas associadas ao serviço que lhe é distribuído.

Uma resposta para 'SETE TESES SOBRE A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES – 6'

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  1. JOSÉ LUIZ SARMENTO said,

    Estas características podem e devem ser hierarquizadas: o maior peso deve ir para a vertente científica (um professor não pode ser ignorante); em segundo lugar deve vir a capacidade de ensinar (o professor deve saber fazer-se compreender); em terceiro, a coerência na avaliação (a seriação dos alunos deve corresponder ao seu mérito real e ser percebida por eles como "justa"). Decorre deste último critério que o professor deve obrigar-se a uma deontologia que o impede de inflacionar resultados mesmo que isto lhe seja exigido pelos seus superiores hierárquicos.A ausência de comportamentos discriminatórios ou racistas não precisa de ser explícita, uma vez que está implícita no critério da coerência avaliativa.Em quarto lugar deve vir a componente afectiva – ressalvando, porém, que o estatuto do professor em relação aos alunos não é o de pai ou mãe, nem o de camarada.Em quinto, os critérios respeitantes à coordenação pedagógica. E em último, os critérios instrumentais e administrativos: o mérito profissional do professor deve prevalecer sempre sobre o seu mérito enquanto funcionário.


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