À falta de melhor expressão, chamemos-lhe mesmo «a choldra»
Num qualquer país com um mínimo de civilidade e decência, aquilo que este jornal denunciou, a ser verdade, bastaria para levar o primeiro-ministro, e com ele todo o governo, à demissão.
Por cá, assistimos à mais espantosa operação de aligeiramento da “coisa”, levada a cabo por boa parte dos comentadores e, sobretudo, por todos os partidos da oposição representados na Assembleia da República. Ninguém retira da divulgação das manobras de Sócrates para controlar a comunicação social aqueles que deveriam ser os seus corolários lógicos:
– Exigir o apuramento imediato da verdade daquilo que foi noticiado na última edição do «Sol»;
– Exigir, no caso da plena confirmação do conteúdo dessa notícia, a demissão de José Sócrates do cargo de primeiro-ministro.
Mas é claro que estes corolários têm, por sua vez, uma consequência: a formação de outro governo com outra base partidária (ou, eventualmente, de iniciativa presidencial). E o problema é que ninguém se quer queimar com responsabilidades governamentais diante de uma das piores crises sociais e económicas que Portugal conheceu nos últimos 30 anos. Só isso explica que os partidos da oposição, à direita e à esquerda do PS, estejam a abordar o escândalo das revelações do «Sol» com paninhos quentes e pezinhos de lã.
Entretanto, há por aí vários patuscos que se incomodam mais com a violação do sacrossanto «segredo de justiça» do que com o conteúdo daquilo que se pretendia manter secreto. Alguém escreveu num muro: «Quando o dedo aponta a lua, o imbecil olha o dedo».
em 08/02/2010 em 19:52
Efectivamente estamos perante uma choldraboldra, sem aspas, como convém,protagonizada por gente ordinária, com o Bufarinheiro da República no comando. Este, há muito que é uma excrescência peçonhenta que vem minando a democracia para gáudio da súcia socialista e, da cortesanice de putativos comentadores, “especialistas” em educação, sociólogos, economistas, jornalistas e escritores. Ainda hoje ouvi o “Malhador” afirmar que é um amante do Estado de Direito: claro que o trefo se referia indubitavelmente ao amor que revela quando “malha” na oposição, ou seja, quando alguém contraria o Seu dono! Quem já se esqueceu da receita do promovido da Mota-Engil na qualidade de dirigente da súcia, quando disse que “quem se mete com o PS leva”? O Público de 8 de Fevereiro salienta as 1361 nomeações (adjuntos,assessores,colaboradores,consultores,administrativos,assistentes, técnicos operacionais,secretárias e motoristas) efectuadas pelo Bufarinheiro,concerteza no estrito cumprimento da avaliação de desempenho do SIADAP! Um embuste que entretanto parece ter sortido efeito junto da camarilha “lambe-botas” e tremeliquente, nomeadamente, no que se refere à avaliação de professores que foram vendidos pelos sindicatos, deleitosos com os encantos sorridentes da ministra.