No Rescaldo da Greve de 4 de Março
A APEDE considera que, uma vez mais, interpretou correctamente o sentir da grande maioria dos professores ao demarcar-se desta greve. Ou não fossem todos os seus membros professores no activo, a leccionar em diferentes níveis de ensino, colocados em escolas de diferentes regiões do país, em contacto com muitos outros colegas. Para além de todas as razões invocadas no comunicado conjunto, não podemos deixar ainda de salientar que a APEDE desde há muito vem apelando para a tomada de posições de luta mais firmes, duras e efectivas, inseridas num plano articulado e coerente de reivindicação, decidido com independência e pelas bases, sem cedências prévias em memorandos/acordos claramente insuficientes e desmobilizadores. Temos muita coisa ainda para conquistar e muita luta para desenvolver: gestão das escolas, modelo de avaliação, condições de trabalho e de carreira, precariedade, desburocratização do trabalho docente, dignificação e revalorização da profissão, etc. Estaremos sempre disponíveis para essa luta, como sempre estivemos, desde que cumpra os princípios atrás definidos. Continuaremos firmes e independentes, sem cedermos um milímetro naquilo que consideramos essencial. E há mesmo algumas importantes questões para colocar, em breve, sobre problemas e assuntos que parecem andar esquecidos e que se relacionam com o primeiro ciclo avaliativo e a sua excrecência, absolutamente lamentável, que actualmente decorre, e se mantém nas escolas, para milhares de professores. Porque, afinal, nem suspensão, nem substituição, temos tido apenas mais do mesmo. Que é mau, muito mau, como todos sabemos.
em 08/03/2010 em 11:04
De facto, tens toda a razão! A APEDE assumiu a única posição correcta face à situação que as direcções sindicais criaram. Estas mostraram à saciedade que são sempre subsidiárias de outras lógicas aparelhísticas que nada têm a ver com os interesses reais da classe. Estão sempre prontas a alinhar com as estratégias politico-partidárias e com movimentações de cúpula, e os professores que se tramem. Esta actuação já se repetiu tantas vezes que já chateia. E depois veem queixar-se que a classe está desmobilizada! Claro. Nem poderia ser de outro modo!
em 08/03/2010 em 14:36
Missão cumprida pela corporação anti-sindical.
em 08/03/2010 em 16:09
O gundisalbus não deve ter lido o texto acima.
Eu li e concordo totalmente..