Sobre a greve geral
«A greve de massas é a primeira forma, natural e impulsiva, de toda a grande luta revolucionária do proletariado, e, quanto mais desenvolvido é o antagonismo entre o capital e o trabalho, mais eficazes e decisivas se devem tornar as greves de massas» – Rosa Luxemburg, 1906
É com algum sentido provocatório que recordamos aqui as palavras desta senhora:
Pois elas permitem-nos medir tudo o que separa uma certa concepção de greve geral (ou «de massas»), que circulava nos meios socialistas e no movimento operário em inícios do século XX, da concepção actual. Enquanto que, em tempos, se chegou a imaginar que a greve geral poderia derrubar a ordem capitalista mundial, hoje essa greve aparece reduzida a um protesto que, por legítimo e necessário que seja, se esgota quase sempre em si próprio.
Esgota-se porque não tem continuidade.
Esgota-se porque as organizações sindicais (pelo menos em Portugal) não inscrevem as greves gerais num plano de luta firme, consistente e que dê garantias aos trabalhadores de que a perda de um dia (ou mais) de salário não se vai esvair num mero protesto inconsequente.
Vem a isto a propósito do 24 de Novembro?
Claro que sim!
em 03/11/2010 em 09:32
A resposta só pode ser uma! Perante a guerra sem precedentes que nos movem e perante a tibieza e inocuidade das formas de luta tradicionais, temos de avançar para uma greve prolongada. E a única maneira de ela ter sucesso é desde já passarmos a palavra de ordem a todos : Vamos guardar o subsídio de Natal, vamos cativá-lo pois isso é o nosso investimento na vitória. Eu quero lutar para vencer! E vocês????
em 03/11/2010 em 11:12
Uma luta firme e independente dos partidos políticos só se conseguirá quando os Movimentos de Professores tiverem a coragem de liderar o processo, transformando-se no novo sindicato de professores.