Por que vale a pena lutar contra o actual modelo de avaliação dos professores

No seguimento do “post” anterior, importa sublinhar que o actual modelo de avaliação do desempenho docente representa a porta maior por onde penetraram nas escolas as formas de regulação empresarial do trabalho.

É ver a fixação obsessiva de metas, de objectivos, de resultados, de percentagens a atingir.

É ver as fichas e as grelhas, sempre surreais, que o Ministério da Educação, e os seus mais zelosos cães-de-fila no interior das escolas, continuam a despejar sobre os professores.

É ver como todos estes novos dispositivos de controlo e de opressão acrescentam stress à já stressante vida profissional dos professores.

É ver o impacto que tudo isso está a ter no relacionamento, cada vez mais azedo e competitivo, entre colegas, lançados uns contra os outros numa lógica do «salve-se quem puder», reduzidos ao cálculo individualista de defesa dos seus lugares.

É ver como isto reintroduz hierarquias e assimetrias espúrias entre trabalhadores de uma mesma profissão.

É ver como tudo isso torna os professores mais exauridos e infelizes no exercício do seu trabalho.

Será que isto não chega para se restabelecer a luta contra este modelo de avaliação?

Roubado daqui.

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