(Re)começar a mexer: Pedido de Suspensão da ADD na Escola Secundária de Barcelos – Outro exemplo a seguir!
Ex.ª Senhora Ministra da Educação
Com conhecimento a:
-Director da Escola Secundária de Barcelos
-Director Regional de Educação do Norte
-Conselho Científico para a Avaliação de Professores
-Conselho Nacional de Educação
Os professores Coordenadores de Departamento e Relatores da Escola Secundária de Barcelos abaixo assinados vêm expor e requerer a V. Ex.ª o seguinte:
1- O modelo de avaliação docente em vigor é extremamente negativo e pedagogicamente inadequado, por não contribuir para a melhoria do desempenho docente, submetendo a distinção do mérito a mecanismos administrativos de selecção;
2- O clima de competição desenfreado criado por este modelo liquida quaisquer valores de partilha de conhecimentos e de trabalho colaborativo; além disso, provoca nas escolas a introdução de focos de perturbação e instabilidade, bem como o crescimento da conflitualidade;
3- A agravar a situação, a grande maioria dos coordenadores/relatores, não possui formação adequada;
4- Em grande parte das avaliações verifica-se que entre os avaliados e avaliadores há conflito de interesses que, nos termos do Código do Procedimento Administrativo, impede a acção do avaliador;
5- Acresce que a situação descrita é ainda mais gravosa pelo facto de não haver uniformidade a nível do território português, uma vez que nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira não foi adoptado o mesmo sistema da avaliação;
6- Há ainda a agravante de, em muitas situações, a competência científica dos avaliadores ser díspar ou noutros casos de nível academicamente inferior à dos avaliados. Deve acrescentar-se que diferenciar avaliação científica de avaliação pedagógica em contexto de docência não faz sentido;
Nestes termos vêm manifestar a sua profunda discordância e repúdio pela avaliação implementada e, acto contínuo, requerer a imediata suspensão de todo o processo.
Barcelos, 17 de Fevereiro de 2011
em 07/03/2011 em 14:37
O problema maior surgiu quando começou a haver directores(as), obedientes ao Sistema, não eleitos pelos seus pares. Estes passaram a poder nomear para os cargos não os mais aptos, e com maior habilitação científica e académica, mas os seus «amigos», também obedientes e sedentos de um poderzinho.
Tenho tido conhecimento de prepotência, autoritarismo, mau profissionalismo, incapacidade de liderar sem ser pela ameaça(mais ou menos velada) e um péssimo ambiente de ensino dos alunos.
O pior inimigo de um(a) medíocre é quem tem aptidões.
Quem perde além do Professor apto são os alunos.
Mas as Finanças são obedientes aos números indicados pela chanceler germânica e a ministra um peão que sorri muito e também pouco interessada com problemas pedagógicos ou de consciência.
Mas é com luta pela nossa dignidade que podemos desmascarar perante a opinião pública e os pais mais esclarecidos.
Os resultados das provas de aferição, de 2010, estão a servir de instrumento de «avaliação» da forma mais infame.
em 07/03/2011 em 23:24
Olá Maria,
Sabemos bem que um dos “cancros” que urge extirpar das escolas é o actual modelo de gestão. Essa será a guerra mais complicada de ganhar, pois também sabemos que há um consenso do PS à direita para a manutenção da figura do Director e da gestão unipessoal das escolas, com nomeações de topo, sem interferência das “bases”. Teremos de ser nós a denunciar todos os casos de má gestão e abuso de poder, sem medos, sem tibiezas, e fazendo frente a esses “tiranetes”. Numa Escola onde os professores não vergam e não se calam, o Director terá muito mais dificuldades em impor os seus desvarios. E não há coordenador que aguente a pressão democrática de um departamento inteiro ou da sua clara maioria. A Escola não pode ser uma “ilha” de tirania e compadrios, em que “uma mão lava a outra e as duas lavam a cara”! O medo não pode dominar as escolas. E se ele é claro entre os contratados, pela precariedade gritante e vergonhosa em que vivem (embora consideremos que nada possa sobrepor-se à afirmação da sua dignidade e que o medo não deve silenciar a razão e a luta pela justiça), não pode justificar-se entre os colegas do “quadro”.
Se a “luta é alegria” a escola tem de ser “democracia”!
A Maria apresenta aqui um tema que merece uma reflexão séria, sem dúvida.
Abraço Maria, vozes como a sua fazem falta nas escola. Força!