Um país adiado
Ontem Passos Coelho disse que a peça de teatro chegou ao fim. Mas agora outra peça vai começar. Desgraçadamente, com os mesmos canastrões de sempre.
Para os portugueses, é totalmente indiferente que o poder governativo caia nas mãos do PS de Sócrates ou do PSD de Coelho. O programa desses partidos é só um: serem os paus mandados de Angela Merkel e afundarem o país numa espiral de mais austeridade, de mais precariedade social e, consequentemente, de mais endividamento. O exemplo clássico da receita que mata o doente. E só muita cegueira ideológica não consegue perceber isto.
Existem alternativas? Existem, e já temos comentado algumas delas. Desde logo, tomar a iniciativa de renegociar a dívida com os credores em condições tais que o resgate faseado da mesma não implique a recessão decorrente da contracção brutal do consumo como efeito dos cortes nos salários e nas prestações sociais (a frase é um bocadinho grande, mas é disto mesmo que se trata). Só que não há, no cenário político-partidário português, figuras com a coragem e a clarividência política necessárias para lutar por essas alternativas. E, sobretudo, para concretizar os meios dessa luta numa solução de governo credível.
E esta é, talvez, a nossa maior tragédia.
em 16/03/2011 em 16:07
completamente de acordo!
em 19/03/2011 em 21:26
Como desabafar acalma e seus males espanta, não há como nos entreter…
Consulte o Programa
Comissão de Educação e Ciência
30.Março.2011, 9h30m
Sala do Senado da Assembleia da República
Ficha de Inscrição
Nome: *
Instituição: *
Cargo: *
E-mail: *
Telefone/telemóvel: *