APEDE


Os professores e as próximas eleições – 4

Posted in Eleições por APEDE em 11/04/2011

Não fazemos favor algum em reconhecer que, na Assembleia da República, foram os partidos de esquerda, o PCP e, sobretudo, o BE que estiveram, de forma mais consequente, ao lado dos professores em todo o processo da luta que estes travaram contra os Ministérios socratinos. A este respeito, uma palavra especial deve ser reservada para a deputada Ana Drago, que mostrou uma acutilância e uma solidez de preparação nas suas interpelações parlamentares, as quais foram sempre momentos importantes de denúncia e de desmontagem dos dislates da política de Maria de Lurdes Rodrigues e Co.

Dito isto, que nos parece de elementar justiça, há que fazer um importante reparo. Por motivos que se prendem com as suas convicções ideológicas, o PCP e o BE cederam aos sindicatos o essencial da construção de alternativas, no plano legislativo, às políticas do governo PS. E cederam-no quando uma parte (pelo menos) dessas alternativas poderia ter passado pela Assembleia da República, se os partidos da oposição tivessem assumido as suas responsabilidades. Com isso, ter-se-ia ganho em tempo e em transparência processual, pois tudo se teria passado às claras em lugar dos jogos de bastidores que marcaram as negociações entre o Ministério e os sindicatos – com os resultados deprimentes que estão hoje à vista de todos.

Por outras palavras: o PCP e o BE estiveram à altura das expectativas dos professores como partidos de denúncia e de protesto, mas, na hora da verdade, retiraram-se de cena e deixaram todo o papel às direcções sindicais. Estas cumpriram o seu papel proverbial e, na primeira esquina, desiludiram (os que ainda se deixam iludir) e traíram clamorosamente.

Há ainda outro aspecto negativo que marca a postura do PCP e do BE relativamente à profissão docente e à visão do distema educativo. Também por motivos ideológicos, esses partidos têm sido um dos principais esteios do “eduquês” em Portugal. No que respeita às práticas de ensino, ao papel do professor, à sua relação com os alunos, ao primado dos saberes na relação pegagógica, etc., as concepções do PCP e do BE pautam-se por aquele igualitarismo porreirista que tudo nivela e que, paradoxalmente, muito tem feito pela deterioração dos níveis de conhecimento daqueles estratos sociais que esses partidos dizem defender.

Em abono da verdade, PS e PSD nada fizeram (antes pelo contrário) para remover do Ministério a tralha “eduquesa” que, há décadas,  por lá anda a infernizar o quotidiano dos professores nas escolas.

Mas, infelizmente, o PCP e o BE não têm, nesse capítulo, nada de positivo a propor. Não é, aliás, por acaso que o nome de José Manuel Pureza surge associado a um dos programas dos CEFAS das “fabulásticas” Novas Oportunidades. Quem queira perceber o que é o “eduquês” em todo o seu esplendor, é só passar os olhos por esses textinhos. Um enjoo garantido.

21 Respostas para 'Os professores e as próximas eleições – 4'

Subscribe to comments with RSS ou TrackBack para 'Os professores e as próximas eleições – 4'.

  1. Leitor said,

    Analisar as propostas do PCP em conjunto com as do BE pode ser um exercício interessante, pode até evitar mais um post (os outros partidos foram vistos caso a caso), mas não é rigoroso.
    E concluir que o PCP é um dos esteios do “eduquês” , dando como exemplo um dirigente do BE que está associado aos programas dos CEFAS não é propriamente uma análise séria e objectiva.

  2. Mário Machaqueiro said,

    As propostas do PCP e do BE, como alternativas à crise, coincidem no essencial. E até é bom que coincidam! Basta fazer uma comparação entre um documento recente do PCP que linkámos num “post” anterior e o que o Louçã propõe no seu último livro – livro esse que, na parte propositiva, é praticamente um programa de governo no que às políticas económicas diz respeito.
    Quanto à questão do “eduquês” – apesar de tudo lateral nos dias que correm (mas essa é só a minha opinião) -, é bom de ver que nem o PCP, nas suas declarações públicas, nem os sindicatos por ele dominados alguma vez romperam, de forma clara, com essas orientações. Bem pelo contrário. Mas essa é uma discussão que daria pano para mangas: por que é que uma ideologia pedagógica bem intencionada, e aparentemente feita a pensar nos mais desfavorecidos, acaba por ter efeitos exactamente opostos aos pretendidos, contribuindo para que alunos provenientes das classes sociais mais desfavorecidas acabem por ficar presos às suas insuficiências e dificuldades de origem. Essa é uma discussão interessante, mas que, neste momento, ficaria totalmente afogada no meio de outras coisas mais prementes.


  3. Há aspectos na “ideologia pedagógica” do PCP/BE que mostram também uma semelhança de posições, a meu ver, perniciosa: falo da abordagem às questões da indisciplina e violência em meio escolar. Ainda recentemente se verificou mais uma agressão violenta de um aluno a um professor e, neste particular, vergonhosamente, encontramos apenas silêncio. Um silêncio ensurdecedor. Ou então, noutros casos semelhantes, uma atitude excessivamente desculpabilizadora das condutas dos agressores, surgindo, recorrentemente, as justificações sócio-económicas, que, no meu entender, não podem servir sempre e para tudo.


  4. Quanto à questão da “promiscuidade” PCP/BE vs sindicatos, basta estar atento às tensões politicas no seio do BE, e às facções que se degladiam no seu interior, e respectivas conexões para as lutas de poder no SPGL, para percebermos como tudo isto está, infelizmente, inquinado. Há tensões, há ressentimentos, há lutas internas, que já pude constatar no terreno, e não é disso que os professores precisam na sua luta. Mas é justo reconhecer que o BE tem sabido acompanhar com mais abertura a participação dos vários intervenientes neste processo de luta, contrariamente ao PCP, que tem uma clara tendência para a reduzir exclusivamente aos sindicatos. Sobre isto e relativamente ao PCP, quem esteve atento ao debate que levou à suspensão da ADD no Parlamento, reparou certamente na forma como a luta dos professores, protagonizada no terreno por centenas de professores, movimentos, activistas, e bloggers, foi sempre, única e exclusivamente, referida como a luta dos sindicatos, exclusivos actores e responsáveis pela resistência à ADD. Lamenta-se esta postura do PCP, pois sabe bem que a realidade é diversa, muito mais plural. Serão os professores e a sua intervenção cívica efectivamente valorizada pelo PCP, ou será que, no fim de contas, para o partido, fora dos sindicatos não há vida? É verdade que tem existido sempre enorme abertura para ouvir e receber os professores, sejam ou não membros de sindicatos, mas, na hora da verdade, até que ponto os contributos e posições desses professores são efectivamente valorizadas? Tema que deveria merecer séria reflexão e uma clara mudança de mentalidades e práticas.

  5. APEDE said,

    O Ricardo toca aqui num aspecto essencial no que ao PCP diz respeito. É verdade que a tendência táctica desse partido, em lugar de ver nos movimentos sociais e nas organizações da chamada «sociedade civil» parceiros com quem podia colaborar, foi sempre a de procurar infiltrá-los e controlá-los por dentro. Não é defeito, é feitio, e remonta às concepções tácticas desenvolvidas por Lénine para a tomada do poder, concepções que distinguem entre um núcleo duro constituído pelo partido propriamento dito e uma envolvente periférica de organizações não expressamente partidárias, mas que o partido se deverá esforçar por controlar subrepticiamente de modo a que eles sejam a sua voz indirecta. Leia-se o texto clássico «Que Fazer» e está lá tudo explicadinho. Os sindicatos inscrevem-se, obviamente, no círculo das organizações periféricas a controlar.
    É realmente pena que seja ainda esta a cultura predominante do PCP, uma cultura em grande medida forjada para responder às difíceis condições da ilegalidade ou da clandestinidade num contexto repressivo (foram essas condições que justificaram um texto como «Que Fazer»), mas que não se justifica num contexto democrático, mesmo que nele a democracia seja, como sabemos, tantas vezes mistificada e coarctada.
    De resto, como o Ricardo sugere, seria vital que o PCP abandonasse o seu acantonamento na mera ocupação de lugares na Assembleia da República ou nos sindicatos e acompanhasse, de facto, os movimentos sociais que estão, ainda timidamente, a irromper. Pois só assim poderia alargar a sua efectiva base de apoio. O mesmo se aplica, ainda que em menor grau, ao BE. Não vale a pena sonharem com uma maioria de governo – cuja improbabilidade aumenta perante a tendência conservadora do voto – se mantiverem a atitude de pensar que só há vida cívica dentro dos partidos e dos sindicatos

  6. Leitor said,

    Afirmações tão categóricas e tão cheias de certezas sobre as políticas educativas do BE e do PCP não deixam grande margem para discussão.
    Mas vale sempre a pena tentar.
    1. As intervenções de Ana Drago e do BE na AR têm sempre mais visibilidade do que as de Miguel Tiago e do PCP. Se verificarmos, nos sites dos dois partidos, quais foram as intervenções e iniciativas (projectos de resolução, projectos de lei e de decreto lei), chega-se à conclusão que as iniciativas do PCP precederam quase sempre as do BE e que este partido seguiu, quase sempre, a ´”estratégia do cuco”.
    2. As propostas do BE e do PCP sobre política económica só em parte são coincidentes, até porque o BE é pró-europeísta. As últimas propostas do BE sobre alternativas económicas seguem de perto o que foi proposto pelo PCP na Conferência sobre política económica de 5 de Abril.
    3. O chamado “Eduquês” não é um conceito operativo que sirva para avaliar as práticas pedagógicas em geral, daí que uma discussão nessa base esteja viciada à partida.
    4. Sobre as questões de indisciplina e da violência nas escolas, há várias tomadas de posição da Fenprof, por ex.
    http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=226&doc=3246&mid=115
    que são, naturalmente, muito diferentes daquilo que o CDS propôe, por ex.
    Sobre o caso recente do professor agredido, julgo que não pode servir de exemplo para generalizar uma apreciação sobre o que um partido pensa sobre a indisciplina. Note-se que o professor referido não apresentou queixa do incidente.
    5. Sobre as tensões sindicais no seio do SPGL, o que se constata é que ocorrem entre as facções do BE, PS e renovadores, já que o PCP não está representado na direcção.
    Além disso, o PCP defende o apartidarismo e a independência do movimento sindical e é contrário às tendências tal como estão organizadas dentro do SPGL.
    6. Sobre o acompanhamento dos movimentos sociais, o PCP acompanha todas as formas de luta organizada e as reivindicações populares (comissões de utentes, luta contra as portagens, etc.). O BE também neste capítulo segue a “estratégia do cuco”, com mais ou menos folclore à mistura.
    7. Comparar os projectos ideológicos do PCP e do BE só deixará de ser um exercício estéril quando o BE tiver um projecto ideológico.

  7. Mário Machaqueiro said,

    Ok Leitor. A gente já percebeu que o caro Leitor (que nós vamos fazer de conta que não sabemos quem é) é um ferrenho apoiante, se não mesmo militante, do PCP. E já percebemos o argumentário: o PCP tem sempre razão, está sempre à frente de tudo, o BE vem sempre atrás e o melhor que pode ter é quando copia as vossas ideias, etc., etc. É por sectarismos como esse que a «unidade de esquerda» neste país nunca passará de uma miragem. Pela simples razão de que, entre outras condicionantes, vocês, comunistas, não estão interessados nela.
    Há um ponto que lhe concedo: o BE é pro-europeísta e vocês não são. Mas lamento dizer que, nesse particular, talvez seja o BE que tem razão, se por pró-europeísmo entendermos a construção de um projecto europeu, do Atlântico aos Urais, que reforce os direitos sociais e que ponha a economia a funcionar a favor de todos e não apenas de alguns. Uma espécie de social-democracia nórdica à escala europeia, que é, na prática, o inconfessado «projecto ideológico» da actual Direcção do BE e com o qual me identifico. Diga-se que é também, para todos os efeitos práticos, o único «projecto ideológico» a que os comunistas portugueses poderão aspirar, porque de «socialismo real» já estamos mais que conversados…

  8. Leitor said,

    Com argumentação dessa, não há debate possível.
    Faz-se uma caricatura do contraditor e ataca-se a caricatura, não os argumentos.
    Foi proposto um exercício muito simples de comparação.
    Pode demorar algum tempo, mas garanto que será elucidativo do que é uma estratégia política oportunista.
    E talvez ajude a desfazer alguns preconceitos e estereótipos. Quem sabe?


  9. Caro Leitor,

    O que disse, reafirmo. O que escrevo, estriba-se em factos, e situações concretas, que conheço de forma directa.

    Se o PCP não está “representado” (usando as palavras do “Leitor”, bem reveladoras, por sinal) na direcção do SPGL, não será por falta de o tentar e todos sabem que esteve no passado. O problema é que… esteja o PCP ou esteja o BE, PS, renovadores ou outros, não há meio de se avançar com a limitação de mandatos e a desblindagem dos estatutos. Nem a norma que reserva quotas de lugares na direcção do SPGL para os partidos/tendências. Quebrando mesmo promessas feitas, publicamente, perante dezenas de professores, pelo vistos num excesso de entusiasmo em plena campanha eleitoral. Toda a lógica de organização sindical assenta, lamentavelmente, na participação dos partidos e das suas máquinas. Ou será que o “Leitor” desconhece quantos nomes são necessários para formar uma lista à direcção do SPGL? Deve sabê-lo. Pode revelá-lo?

    Porque será?

    No fundo, tudo é estruturado para preservar a oligarquia partidária no seio das direcções sindicais. Mas “o PCP defende o apartidarismo e a independência do movimento sindical”, escreve o “Leitor”.

    Quanto às questões da indisciplina, da violência em meio escolar e da crise da autoridade do professor (cujos motivos extravasam a indisciplina) creio que a sua afirmação:

    “Note-se que o professor referido não apresentou queixa do incidente.”

    é absolutamente reveladora e dispensa-me de mais comentários.

    Não temos dúvidas que o PCP acompanha os movimentos sociais e cívicos de uma forma bem mais activa e “natural” do que os partidos da direita. Mas não é esse o problema, como referi.

    Finalmente, quanto a estratégias, existem diversas, do “cuco” ou outras, mas o pior, no meu entender, será “enterrar a cabeça na areia” e continuar a defender velhas lógicas, rotinas e processos, ignorando o pulsar e os alertas que vão chegando da “sociedade civil”.


  10. E quanto a ideologias e comparações, o Mário Machaqueiro respondeu à altura. De tal modo, que a resposta subsequente do “Leitor” já nem foi bem uma resposta, mas uma simples tentativa de fechar a discussão sem danos maiores. Compreendo. Por mim, e para terminar, apenas quero dizer ao caro “Leitor” que escusa de insistir na colagem de “rótulos” à APEDE. Não há qualquer hipótese.

  11. Leitor said,

    Rótulos, quem os coloca?:
    “ferrenho apoiante do PCP”, “sectário”, defensor do “socialismo real”

    Sobre o SPGL:
    Não há qualquer norma escrita sobre as quotas. Há uma prática convencionada entre os actuais dirigentes à qual os militantes do PCP que também são aqctivistas sindicais sempre se opuseram.
    Quando se diz que o PCP não está representado quer dizer isso mesmo: Não há militantes do PCP na actual direcção.

    Sobre o João Paulo Maia:
    O que se conhece da comunicação social é que havia uma briga entre dois alunos e que o colega ao tentar afastar os alunos foi agredido por um deles. O professor não apresentou queixa. Porquê? Também não sei se é sindicalizado ou não, nem se o SPGL ou, eventualmente, outro sindicato tomou conhecimento do assunto sem ser pela comunicação social. Julgo que, nestas condições, seria despropositada uma intervenção na AR sobre o assunto, até porque na altura em que ocorreu, havia todo um conjuntos de assuntos mais gerais e mais relevantes.
    Mas, repito, sobre violência e indisciplina, o documento da Fenprof parece-me bastante adequado.

    Por último, sem qualquer ironia: congratulo-me com a viragem à esquerda da APEDE, mesmo que esteja a pender para os “cucos”.


  12. Ohe os rótulos, olhe os rótulos, caro “leitor”. Apreciei, particularmente, a “viragem à esquerda” da APEDE 🙂 🙂 🙂 Delicioso. Quase tanto como uma latinha de “Osetra Caviar”.


  13. Na APEDE não há “viragens”, nem “trelas” ideológicas ou partidárias, há trabalho, propostas, reflexão, capacidade de crítica, intervenção e mobilização. Pode ser pouco, talvez, mas é isto. Sem agendas ou interesses ocultos.

    P.S. Não pude deixar de reparar que não respondeu positivamente ao meu “desafio”: quantos professores são necessários para “erguer” uma lista à direcção do SPGL?

  14. Mário Machaqueiro said,

    O Leitor só vai ficar contente no dia em que, no blogue da APEDE, nós passarmos a fazer apenas links aprovadores para textos de Jerónimo de Sousa ou para o site do PCP. Acontece que nós não teremos qualquer problema em fazer esses links (já fizemos alguns) sempre que nos parecer que os textos ou as posições em causa merecem a nossa concordância. Como não nos iremos coibir de criticar o PCP e todos os outros partidos ou figuras públicas quando acharmos essa crítica justa e pertinente. É esta independência de espírito que o Leitor tem dificuldade em perceber ou aceitar. Uma independência que não se confunde – note-se bem – com a ideia de que os partidos ou as pessoas são «todos iguais». Como já disse antes, basta passar os olhos pelos nossos “posts” para se perceber que não é essa a nossa postura. Agora compreendo que, para uma pessoa formatada ideologicamente para pensar segundo um único modelo, lhe custe engolir que possa haver pessoas como nós. E isto, caro Leitor, não é pespegar-lhe um «rótulo»: é descrevê-lo, objectivamente, como aquilo que é. Isso impede-nos de ter consigo debates civilizados? Não, não impede. Sobretudo se o argumentário não estiver ao nível da «cassete pirata». Por isso, Leitor, volte sempre. Nós apreciamos os nossos indefectíveis «admiradores».

  15. Leitor said,

    RS:
    Para saber quantos são necessários, basta ir ao site do SPGL, consultar os estatutos e fazer as contas.
    Mas como vejo que há dificuldades em consultar certos sites, sempre adianto que para concorrer a todas as zonas, áreas académicas, direcções regionais, direcção central, conselho fiscal e conselho geral são necessários cerca de 400 sócios.
    O SPGL terá uns 17 ou 18 mil associados.

    MM:
    A concepção de que quem não se apresenta como “independente”(seja lá o que isso for, se é que existe essa espécie) é um indivíduo “formatado ideológicamente” revela, só por si, uma enorme formatação.

    RS e MM:
    Cumprimentos do vosso indefectível admirador (sem aspas), apesar de não frequentar regularmente as missas. Formam uma dupla divertida que, com sermões, prédicas e reinvenções da pólvora ajuda a descontrair e a aliviar o stress.

    Um insignificante Leitor


  16. Já que não podemos atacar pela independência vamos então tentar pelo número 🙂 A APEDE resumida a uma dupla (vá lá que é divertida) 🙂
    Acontece que por aí também não dá, caro Leitor. A APEDE é muito mais que uma dupla. Pode começar por espreitar aqui:

    https://apede08.wordpress.com/orgaos-sociais/

    Depois há outros, muitos outros com quem temos contacto diário e vamos agindo no reforço da luta, não só com palavras mas também com acções concretas. Quem está nas lutas todas, sabe bem disso. O nosso “admirador” Leitor também o poderia saber se tivesse estado, ainda recentemente, nas Caldas da Rainha, em Sintra ou na Amora.

    Quanto ao SPGL, como compreenderá, eu conhecia o número que adiantou: cerca de 400 professores. Sim, 400 (quatrocentos) professores, leram bem. E não podem ser 400 professores da mesma zona, ou do mesmo nível de ensino, as regras são muito mais exigentes. Porquê? Porque assim determinam os Estatutos. E assim se constrói um sindicato. Completamente blindado a professores (em número suficiente para mudarem o “status quo”), que não tenham por trás o apoio activo e fundamental das máquinas e estruturas partidárias. Mais palavras para quê? Areia para os olhos? Esforço inglório, acredite.
    Caro Leitor, escusa também de adiantar a justificação oficial para tão obscena situação. Também a conheço. Acontece que essa justificação deixou de fazer sentido há vários anos, facto que é reconhecido até internamente. Assim sendo, se os estatutos continuam blindados, isso deve-se, provavelmente, só pode ser, ao facto das forças políticas defenderem sindicatos “INDEPENDENTES e APARTIDÁRIOS”. Pois. Isto sim… é um enredo muito engraçado e divertido. Ou talvez não…

    Cumprimentos, caro Leitor.

  17. O tal said,

    RS
    Como compreenderá eu sabia que o R.S. sabia o número.
    O que o RS talvez não saiba é que não só não concordo com a organização actual do SPGL, como defendo que seja aligeirada e tornada mais funcional. Sem que essa mudança leve à pulverização ou fragmentação de uma orientação sindical que deve ser comum a todos os orgãos.
    Mas isso são discussões para ter no lugar próprio, sem sectarismos, nem ideias feitas.
    Boa noite.


  18. Exactamente, discussões para ter internamente. Ora bem. Como convém. Para quem não gosta de missas, a eucaristia de Montemor e a homília do Campo Pequeno, não fugiram à cartilha tradicional. O sermão é sempre o mesmo: lá dentro a virtude, cá fora o sectarismo e as ideias feitas. Continuem assim, está tudo muito bem, de “vitória em vitória” até à “derrota” final. Infelizmente, com graves prejuízos para os professores.

    Lamentavelmente, o debate parece ter azedado um bocadinho, a julgar pelo tom do último comentário. Logo agora que eu ia fazer contas às quotas pagas, anualmente, por 17 ou 18 mil sócios, e à forma como se tem investido (?!) na denúncia pública, junto da opinião pública, dos desvarios do ME, Sócrates e socratinos em matéria de política educativa. Mas, se calhar, é melhor deixar isso para os entendidos e para “os lugares próprios, sem sectarismos, nem ideias feitas”.

    Boa noite.

  19. Leitor said,

    Comentávamos aqui, há dias, o seguidismo do BE em relação às posições do PCP.
    E o modo como a comunicação social trata esse assunto.
    Ontem o PCP, através de Jerónimo de Sousa, fez saber que não tem nada que negociar com o FMI. Hoje o BE toma idêntica posição.
    A notícia dos factos é:
    http://www.rtp.pt/noticias/index.php?t=Esquerda-parlamentar-falta-a-chamada-do-FMI.rtp&article=434695&layout=10&visual=3&tm=9

    Ainda com dúvidas M.M. e R.S:?


Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s


%d bloggers gostam disto: