Temos mesmo de falar disto? (Parte 4)
E pronto. A páginas tantas do projecto de ADD apresentado pelo governo, lá tropeçamos no artigo 20.º
Não vamos acrescentar grande coisa ao muito que já se protestou contra toda a casta de assimetrias e de injustiças que esse artigo introduz entre professores. É claro que isto significa, de facto, reintroduzir pela porta baixa a distinção entre titulares e não-titulares que se julgava atirada pela janela fora. E está-se mesmo a ver que isto é feito para calar as vozes mais contestatárias que, por acaso ou não, habitam maioritariamente os professores dos escalões agora prometidos às delícias de uma isenção futura. Ao mesmo tempo que, pelo caminho, se poupa algum dinheirinho em conformidade com os ditames da “troika” & Co.
Mas, em abono da coerência, importa também dizer que, para nós, não faz muito sentido reclamar que este péssimo modelo de avaliação seja alargado a todos os professores em nome do bonito imperativo da igualdade. Não somos defensores do princípio: «é mau, mas tem de tocar a todos». Defendemos, isso sim, que um modelo simplificado de avaliação, conforme a desígnios de sanidade mental, seja aplicado a todos os professores sem excepção.
Portanto, o que está mal não é (só) o artigo 20.º É todo o projecto a que ele pertence! E esse é que tem de ser removido de uma vez por todas.
em 18/08/2011 em 20:31
Em 4 posts é feita uma análise simples mas muito convincente de mais esta -mais do mesmo- versão de ADD.
Gostei de ler. Especialmente porque não se entrou nesta verdadeira psicose avaliativa que parece ter invadido tanto professor.
As férias fazem bem.
-:)