A FENPROF anuncia 12 propostas reivindicativas e esquece o modelo de gestão. Porquê?
O Paulo Guinote levanta aqui uma importantíssima questão que os sindicatos, e particularmente a maior federação sindical docente, aparentemente desconhecem e que, uma vez mais, não colocam em cima da mesa negocial, como se poderá constatar facilmente pela leitura das 12 propostas que a FENPROF acabou de apresentar para “evitar ruturas nas escolas e o colapso do sistema educativo“.
Não discordando do teor das propostas apresentadas e das preocupações manifestadas pela FENPROF, há todavia uma questão central que tem de ser colocada aos seus responsáveis: a absoluta e total ausência de qualquer referência, nesse “caderno de encargos” reivindicativos, à urgente necessidade de reformulação e democratização do atual modelo de gestão das escolas, significará uma rendição sindical, e uma desistência da luta, no que a este assunto diz respeito?
Lembramos que, ainda no passado recente, essa questão era tida como central. Ou pelo menos anunciada como tal.
Com que justificação foi agora abandonada neste conjunto de propostas? Não nos digam que não era oportuno… ou que já consta de outros documentos de “luta a sério”…
em 09/11/2011 em 22:09
Se há “avaliação” entre pares eles criam formação para “relatores” e são os primeiros a oferecerem-se para serem “nomeados”; se acabam as eleições dos “gestores” eles são os primeiros a ir para a “formação de gestores” e conseguiram ser nomeados para Diretores. Se tens o poder dá aos sindicalistas profissionais postos de chefia! Divide para reinar! Ou integra-os no Ministério–
em 09/11/2011 em 22:32
[…] Fenprof divulgou um conjunto de 12 propostas para evitar ruturas nas escolas. A APEDE já chamou a atenção para a aparente rendição quanto ao modelo de […]
em 10/11/2011 em 11:05
Tal não é novidade. Desde o consulado da sinistra que as direcções sindicais deixaram cair por completo a questão da gestão democrática, como sendo um facto consumado. E mesmo quando repetidamente questionados em reuniões sobre o assunto, esses dirigentes recusaram assumir as suas posições, assegurando que estavam a estudar o caso. Dá para ver aonde chega a sua abalizada reflexão!
em 10/11/2011 em 13:44
Zé Manel afirma:
1. “Desde o consulado da sinistra que as direcções sindicais deixaram cair por completo a questão da gestão democrática, como sendo um facto consumado.”
Que direcções?
2. “E mesmo quando repetidamente questionados em reuniões sobre o assunto, esses dirigentes recusaram assumir as suas posições, assegurando que estavam a estudar o caso”
Que dirigentes?
Quando, onde, quem?
A atoarda é livre?
em 11/11/2011 em 10:50
Mais uma vez me vejo obrigado a sugerir ao nosso burocrata de serviço, o nosso caro alinhado “leitor” (e afins) que releia a “Cartilha do bom sindicalista” . De caminho, poderá passar pela exposição de DINOSSAUROS na Cordoaria para melhor se identificar com os tais dirigentes que diz desconhecer. Eles andam aí há muitos e muitos anos, mas claro que isso não poderia constar das prioridades estratégicas dos detentores da verdade absoluta. São os mesmos que deram ordens aos controleiros para atirarem uma camionete para cima de um grupo de manifestantes, aquando de uma recente manif na Av. Fontes Pereira de Melo em Lisboa. Ah! Pois, pois, deve ser mais outra atoarda, daquelas que não convém que se saiba!!!!!
em 11/11/2011 em 14:19
Não respondeu às questões colocadas, deixando em aberto todas as hipóteses:
1. Fez afirmações mentirosas.
2. Tem receio de identificar os “sindicalistas” que são coniventes com o modelo autoritário de gestão.
3. Está comprometido, tal como o outro “apede”, na validação do modelo.
4. Na cruzada anti-sindical já vale tudo.
em 11/11/2011 em 14:52
Olha outro que quer ser “tosquiado”. Vou responder mais abaixo ao ponto 3, que é para estar mais à vontade em termos de espaço.
em 10/11/2011 em 14:04
Apede, maria e Zé Manel,
a democracia permite que a distorção, a leitura enviesada e a demagogia mais barata e populista abram caminho à mentira.
Não faz é que uma mentira, mesmo que repetidamente afirmada, se transforme em verdade.
Claro que há muito os especialistas da propaganda sabem que a repetição da mentira acaba por atingir alguns efeitos favoráveis ao(s) mentiroso(s).
Mas ainda assim a verdade há-de ser como o azeite – acaba por vir sempre à superfície.
em 10/11/2011 em 17:50
Chegados a terreiro os mais que esperados arautos do dogma da infalibilidade sindical fenprofiana, cabe-me responder em nome da APEDE e, já agora, como autor do post:
Na análise das 12 propostas avançadas pela FENPROF (para evitar o colapso do sistema educativo) verifica-se que nelas não consta qualquer referência à reformulação e democratização do modelo de gestão. Isto é um facto! Onde está a “distorção”, “leitura enviesada” e “demagogia mais barata e populista”?
É também um facto que a FENPROF, no passado recente, incluiu essa questão em diversos documentos reivindicativos.
Sendo assim, a pergunta que a APEDE coloca é totalmente legítima. E nada tem de demagogia, mentira ou enviesamento.
Registamos, isso sim, e aqui sublinhamos, a tremenda dificuldade, por parte de dois prosélitos do dogma da infalibilidade sindical fenprofiana, em responderem directamente à questão colocada, e a desorientação imediata que os faz disparar acusações sem qualquer sustentação no texto do post e na questão colocada. É a típica reação de quem se sente desconfortável e sem argumentos.
Reconhecemos que é uma questão incómoda para os dogmáticos prosélitos fenprofianos, mas é a essa questão que devem responder e não tergiversar. O resto é espuma, restolho e “espalhar as brasas”…
em 10/11/2011 em 20:23
Ricardo,
muito adjectivo revela falta de substância.
Se houvesse substância perceberias que não há “abandono” do tema “gestão democrática”, mas apenas uma organização de prioridades.
Mas isso é coisa que revolucionários de pacotilha, recentemente chegados ao terreno onde ela se desenvolve e com dificuldades de relação com determinado espectro de cores, nunca conseguirão perceber.
Claro que na esteira dessa “predisposição revolucionária para ontem” se abre caminho à mentira que escorre nos comentários dos prosélitos maria e Zé Manel.
Zé Manel que, de resto, não vejo há muito em reuniões sindicais, pelo que não se percebe em quais questionou que direcções sindicais.
Esses são os factos, que dispensam mais adjectivação do que a de “revolucionário de pacotilha”
em 10/11/2011 em 21:08
Os adjetivos são todos merecidos e, provavelmente, pecam por escassos. Todos, note-se, em torno do proselitismo dogmático fenprofiano e sempre abertos ao contraditório (que prevejo difícil).
Quanto ao “revolucionário de pacotilha” é a opinião de um revolucionário “à séria”, dos que se deixam “encostar à parede”, por isso, nem perderei tempo a contraditar com factos, momentos, acções e participações. Que isso provoque urticária… já não é problema meu. E repito o que sempre referi: não ando, nem nunca andei, à procura de lugares ou protagonismo… sou um “simples” professor e adoro ser professor. Livremente, continuarei a colocar as questões que considerar pertinentes por mais incómodas que sejam para os donos da luta, os revolucionários de “pedigree”. E mesmo que isso ainda incomode mais… a conversar, dialogar e a reforçar a luta com pessoas de vários quadrantes e cores políticas, sem que consigam “enquadrar-me”. Compreendo também que quem está habituado ao sectarismo e à unicidade jamais conseguirá entender e aceitar isso. Paciência.
Mas, deixando-nos de pequenas polémicas sem importância, por irresolúveis, voltemos então à substância:
Com que então… “organização de prioridades”? 🙂
Vou ser bondoso: a gestão democrática será então, na melhor das hipóteses, a 13ª prioridade da FENPROF. É isso? Ou será só a 14ª?
Perante isto, estamos conversados. Todos percebemos a prioridade que a FENPROF dá a esta questão. Ahhhh já sei: estou a ser demagógico 🙂
Continuem meus caros… com essa “luta à séria”. Ou… como se gritava há uns tempos: “se o governo e o ME querem guerra, vão ter guerra” 🙂
em 10/11/2011 em 21:34
Uma coisa é certa: as reuniões de trabalho do SPGL com os directores da gestão não democrática, não tiveram grande continuidade. Já é um bom sinal…
em 10/11/2011 em 22:36
Não Ricardo, não estás a ser demagógico, que para isso precisarias de ter um visão que não tens.
Aliás, o teu problema é mesmo de vistas curtas, o que te impede de perceber que neste momento, quando se discute um orçamento que rouba milhares de euros a todos os professores, quando o “endeusado crato” declara sem o menor constrangimento que a poupança das centenas de milhares de euros na educação terá que ser feita através da redução de horários e do desemprego de milhares de professores e da mobilidade especial para outros tantos, a prioridade é a defesa dos postos de trabalho para estes “dispensáveis” e a defesa das condições de trabalho para quem fica nas escolas.
Se não tivesses vistas tão curtas perceberias que sem horários para muitos milhares e com a inerente sobrecarga de trabalho para quem fica, a reivindicação de alterações à gestão não é a questão central.
Mas isso é pedir-te mais do que consegues alcançar. Tu e os expoentes da revolução para ontem.
em 10/11/2011 em 23:27
Caro Francisco,
Se tu não fosses o sectário que és, e a tua resposta só pode revelar mais um ataque desse mal, devias saber (e tens clara obrigação de o saber, porque conheces há anos e és colega de escola da pessoa em causa) que a minha namorada é professora contratada, lecciona há mais de 10 anos, não tem qualquer estabilidade profissional, é esbulhada todos os anos do salário justo que deveria receber pois faz o mesmo ou mais que aqueles que ganham mais do dobro do que ela (como tu e outros que estão no topo da carreira) e está em claro risco de ficar no desemprego no próximo ano, como já esteve este ano. Se há coisa que tem distinguido a minha intervenção nesta luta é precisamente a preocupação com os contratados e com a precariedade docente e sobre isso há factos e “evidências” incontornáveis, em diversos planos e fóruns. Vir aqui acusar-me de “vistas curtas” sobre o problema do emprego docente nem é uma ofensa, é uma prova da tua cegueira mental. E por aqui me fico, procurando manter o espírito tolerante que me faz ainda responder a tonterias e atoardas que não conseguem esconder o essencial: a FENPROF borregou com o modelo de ADD e está a borregar com o modelo de gestão. Como tem borregado com as condições de trabalho, os concursos, a estabilidade profissional, etc. etc. E desafio quem quer que seja a apresentar-me os ganhos de luta conseguidos pela estratégia sindical fenprofiana nos últimos anos. Força!!!
O que é ainda mais impressionante na tua resposta é que não consegues perceber, ou não queres perceber (julgava-te um bocadinho mais inteligente), que a não alteração do modelo de gestão vai levar precisamente a um reforço de poderes dos directores, com influência até na seleção dos professores, renovação de contratos, etc. e, com isso, à total arbitrariedade na tomada de decisões que condicionam toda a vida e o futuro profissional dos professores, sobretudo os mais fragilizados, como são os contratados. Não ver isto e conseguir ter o desplante de afirmar que o modelo de gestão não é uma questão central é de uma cegueira inominável. Grave, mesmo grave, nem é que simples aspirantes a dirigentes sindicais o façam, grave, realmente grave é que as direções sindicais pareçam também ignorar este problema central que, hoje por hoje, está a envenenar completamente a vida nas escolas e promete vir a ser um autêntico cancro no aprofundamento da precariedade profissional docente.
em 11/11/2011 em 02:03
Na “mouche”!
em 11/11/2011 em 18:17
É que a questão do modelo de gestão não é grave apenas nos poderes discricionários que os directores têm, e vão ter crescentemente, para contratar e “despedir” professores. Tanto ou mais grave que isso é o clima de intimidação, a “lei da rolha”, e os constrangimentos à livre expressão de opinião e crítica, que muitos tiranetes directores vão impondo aos docentes que deles dependem para renovar contratos (isto já sem falar da distribuição de serviço e de outras formas mais refinadas de “malhar” nos mais incómodos). Em muitas escolas está instalado um clima de repressão e tentativa de silenciamento das vozes críticas, própria do mais rematado autoritarismo fascista ou estalinista. Se a correção e eliminação destas situações, por via de uma gestão democrática das escolas, não for uma questão central da luta dos professores então só nos resta “fechar a loja e entregar as chaves” da nossa dignidade profissional. O que não compreendo, nem nunca aceitarei, é a capitulação sindical perante tal ignomínia.
em 10/11/2011 em 23:59
Para quem se apresenta como revolucionário à séria e de vistas largas (escrevendo sempre com uma atitude lamentável de sobranceria e paternalismo… ao estilo… eu é que topo isto tudo, eu é que sei como se deve lutar… o outro é muito limitado, de vistas curtas, etc etc) é pungente observar a infantilidade como tropeça nas suas próprias palavras e elucubrações.
Ora vejamos: se alguém nos acusa de sermos os “revolucionários para ontem”, lançando assim uma crítica implícita, o que serão então os bons revolucionários? Os revolucionários para amanhã? Pois é… bem o sabemos, vocês querem sempre a revolução para amanhã… e é por isso que marcam greves de 1 dia (quando não de duas horas!!!), de quando em quando, e umas descidas da Avenida para fazerem prova de vida e acalmar as hostes. A ideia não é fazer a revolução, é adiá-la (ou mesmo evitá-la, pois uma revolução é complicada de enquadrar e é sabido que os sindicatos, tal como evoluiram nos últimas décadas, são muito queridos pelo “establishement” precisamente porque evitam que a contestação caia na rua, descontrolada). E, entretanto, adiando e evitando a revolução, continuam lá onde gostam de estar… sentadinhos à mesa da negociação… de preferência longaaaa, muito longaaaaa, como convém a quem apenas dá mostras de pretender eternizar-se nos cargos sindicais. Façam-no, enquanto os que vos pagam quotas o permitirem, mas não me tratem por néscio, por favor. Esqueçam lá isso, daqui não levam lã, só tosquia.
em 11/11/2011 em 02:01
Ricardo,
Não estás a perceber o que só os iluminados da “revolução” conseguem atingir. É que não estão criadas as famosas «condições objectivas» para a revolução. E como as «condições objectivas» demoram muuuuuuuuuuuuuuito tempo a aparecer, a revolução tem sempre de ser para amanhã. Para estes tipos, os «amanhãs que cantam» nunca hão-de cantar.
É claro que não estou à espera de uma revolução para hoje. Mas não deixa de ter piada ver como estes “leninistas” de trazer por casa não aprenderam nada com o modelo original. Se Lénine tivesse estado à espera das tais «condições objectivas» nunca o Palácio de Inverno teria sido tomado! Curiosamente, os Franciscos Santos deste mundo são muito mais parecidos com os timoratos correligionários de Lénine que, a poucas semanas da Revolução de Outubro, ainda andavam a gaguejar e a pensar que o «momento» não tinha chegado, que não podia haver iniciativas prematuras e patati-patatá. Deve ser por isso que não vão mexer um dedo para terem efectiva influência política neste país. Preferem ouvir os tipos de direita, como o Pacheco Pereira, dizer que o PCP e os sindicatos são muito responsáveis. Pois, pois…
em 11/11/2011 em 18:08
– A Revolução Avança a Todo o Vapor Ou Morre –
em 11/11/2011 em 19:41
A todo o vapor continua a boa vida dos seus amigos sindicalistas. Mas isso não a incomoda nada desde que continuem a apresentar os excelentes resultados de luta que têm apresentado, correcto? 🙂
Não há pachorra. E nem percebo por que se queixam tanto os professores… Ahhh já sei, tudo seria diferente se não houvesse por aí uns “divisionistas” malandros e rebeldes… seria a doce quimera da unidade concretizada e a vitória grandiosa dos “profissionais experientes” da luta.
em 11/11/2011 em 20:34
O Ricardo sabe de onde vem esta frase?
A do vapor e da revolução?
em 11/11/2011 em 20:37
E esta?
Mortos Fora do Cemitério, Já! A Terra a Quem a Trabalha!
em 11/11/2011 em 21:59
Seguramente, cara Fernanda, slogans/ideias de algum “Período Revolucionário Em Curso”, seja na era dos sovietes, seja na era dos camaradas Arnaldo Matos e Durão Barroso. Na verdade, e isso é que me interessa neste post, reafirmo tudo o que escrevi!
em 11/11/2011 em 15:09
Caro Leitor,
Ninguém na APEDE está comprometido com a validação do modelo de gestão, pois ninguém concorda com ele e todos desejamos vê-lo alterado. O resto é restolho de quem tenta levantar suspeições sem qualquer fundamento.
Acontece que, nalgumas escolas, o perigo da eleição de directores completamente alinhados com o poder socrático (com cartão partidário e tudo) e com projetos de intervenção que deixavam antever uma clara deriva “totalitária” e de direção unipessoal musculada, levou a que alguns professores tivessem tentado num primeiro momento bloquear as eleições para o Conselho Geral e, dada essa impossibilidade por se perceber que concorreriam sempre listas dispostas a avançar com o processo, tomar uma posição firme, precisamente, em defesa da gestão democrática e de um clima salutar de escola. E no Conselho Geral têm feito o que está ao seu alcance para contrariar e denunciar tudo o que de mau vai acontecendo nas suas escolas. Fazem-no sem qualquer redução de horário, sem quaisquer privilégios ou regalias, com muitas e muitas horas de trabalho envolvidas. E não se deixam “encostar à parede”! Simultaneamente não deixam de pugnar, interna e externamente, pela reformulação do modelo de gestão e pela sua democratização. Conheço alguns casos de professores que assumiram importante ação no processo da luta de professores que estão nos Conselhos Gerais, alguns como presidentes, e estão muitíssimo bem, a desempenhar um papel de travão aos ímpetos autoritários dos senhores directores. Essa intervenção dos professores, ligados à luta dos professores, nos Conselhos Gerais, sempre foi uma proposta minha, assumida publicamente, e uma ideia que, na minha opinião, devia ter sido seguida a nível nacional. Estaríamos certamente muito melhor do que estamos no que diz respeito às arbitrariedades, amiguismos e outros ismos que vão campeando pelas escolas. Desafio mesmo alguém a provar-me que numa eventual escola onde não tenha havido eleições para o CG as coisas não tivessem acabado pior do que estavam ou não tenham tido a intervenção externa do ME, complicando ainda mais a situação interna. Mais uma vez, sublinho: os professores têm de contar consigo próprios e não com o apoio dos sindicatos que nesta matéria como noutras nada fazem. Já agora, e porque o Leitor está muito mal informado, ou prefere obliterar informação, acrescento ainda que fui convidado para integrar a direção da minha escola e recusei o convite exactamente porque jamais seria uma correia de transmissão do ME nas escolas, facto que muito me repugna ver acontecer em tantas situações. Como presidente do Conselho Geral do meu Agrupamento sou totalmente livre para agir em consciência e em consonância com o programa que, em conjunto com alguns colegas, submeti à consideração dos restantes colegas e que nada tem a ver com a concordância ou com a validação conivente e acrítica deste modelo. Se assim fosse… porque raio escreveria este post e outros sobre este mesmo assunto? Ficaria mt bem caladinho… e mt contente com a posição colaboracionista da FENPROF. E certamente não fui eu que andei a promover reuniões com Directores e presidentes dos CG em vários pontos do país… e se quiser posso aprofundar este assunto.
É por tudo isto e muito mais que lhe digo, para fechar, caro Leitor:
Vá-se catar!!! E não chateie quem trabalha e dá o melhor de si em prol da Escola e dos seus alunos.
em 11/11/2011 em 16:03
Ricardo Silva:
Respondi ao “Zé Manel” e não a si, porque há tempo que percebi que não vale a pena gastar cera com ruim defunto. Continue pois a colaborar com o modelo e a legitimá-lo como melhor entender, mas não me pode obrigar a concordar com a sua acomodada atitude, nem a admirar as medalhas e troféus que, modestamente, exibe em todos os posts e comentários. Feitios.
E, já agora, para sua informação e azar, o “vá-se catar” que repete a imitar o guru dos divisionistas, tem direitos de autor:
http://educar.wordpress.com/2010/01/13/demasiado-entusiasmo/#comment-346275
em 11/11/2011 em 17:20
Acomodada atitude, legitimação do modelo de gestão? Pelos vistos a incapacidade de ler e entender grassa por aí. Devia era questionar, sobre isso, alguns dos seus colegas de sindicato… um deles parece que até foi mesmo legitimar tudo… directamente para o ME 🙂 Azar seu… neste caso! E não me diga que era de outra lista e tal… porque… quando “a porca torce o rabo”.. vocês são todos amigos e defendem-se uns aos outros, para que o “status quo” se mantenha e ninguém “mexa no vosso queijo”. Ora bem!
Mas tem toda a razão num ponto: não vale a pena gastar cera com ruim defunto. Goze lá a sua reforma (que alcançou em bom tempo) e deixe-me leccionar as minhas 8 turmas, dinamizar o Clube de Rádio da escola, coordenar o programa Parlamento dos Jovens e o Conselho Geral, entre outras diversas actividades, sem falar na APEDE. Para defunto não está mau. Ruim é um elogio, vindo de si e dos seus. Quanto às medalhas e troféus, a expressão é sua… eu sou um simples “metalúrgico” ou, na melhor das hipóteses, um “revolucionário de pacotilha” 🙂 Tranquilo.
Quanto ao ´”vá-se catar!!!”… agradeço o link e, com isso, acabou por me dar uma ideia: é capaz de estar na altura de se pensar, por aqui, em aplicar as medidas de desinfeção que o Guinote, por vezes, assume no seu espaço. A ver vamos. Começo a ficar algo cansado de perder tempo com defuntos biliosos…
Finalmente, uma vez que não gostou do vocativo fulanizado, altero para: vão-se catar!!!
em 11/11/2011 em 17:24
Mas antes disso, Leitor: afinal a democratização do modelo de gestão é uma questão central, para a FENPROF, ou não é? E com que prioridade? Isso é que era interessante discutir e não as medalhas e troféus ou falta delas…
em 11/11/2011 em 20:17
Um DESABAFO : estou FARTA da FENPROF (onde me sindicalizei em 1976, quando comecei a leccionar e de onde saí em 2006 – aguentei os últimos 10 anos pelo respeito que os Sindicatos historicamente me mereciam ).
Desde as “quinhentas mil” greves convocadas para as 6ªs feiras até ao “lindo trabalho” no consulado do josé pinto de sousa (o gajo de sócrates não tem nada…)
em 11/11/2011 em 20:20
continuação :
que a FENPROF, com especial destaque para o Sr. Mário Nojeira, ajudou a cavar o buraco em que a Educação Pública se encontra e as condições (não apenas remuneratórias) execráveis em que os professores hoje trabalham.
Agora arranjaram 12 medidas !
Gostei daquela do Paulo Guinote, “à dúzia é mais barato !”
Páro.
Não estou para falar mais desses gajos da FENPROF.
em 11/11/2011 em 23:08
Ricardo,
Lamento, mas o P do PREC não significa Período, mas sim Processo….nã te fies na wikipédia.
Se esta porcaria sair tipo poesia concreta, às tirinhas,….. é chato.
em 12/11/2011 em 00:00
Eheheheh, wikipedia? Se constar, não faço ideia, só pode estar Processo. E eu tb sei que é Processo, acredite. Só que nem sempre temos de estar muito concentrados, depende da importância da situação. Os camaradas certamente perdoarão.
em 12/11/2011 em 00:09
Fernanda,
Já agora… que lhe parece o “esquecimento”, por parte dos seus representantes, da questão do modelo de gestão nas 12 reivindicações para evitar o “colapso do sistiema educativo”? Parece-lhe uma questão central, ou nem por isso? Veja lá… não desalinhe muito. Mas, ainda assim, que tal surpreender-me? 🙂
em 12/11/2011 em 03:28
“Suplies!” estás a referir-te a quê, concretamente, qual sistema educativo?
em 12/11/2011 em 04:23
Suplies ou supplies? 🙂
A esta hora já só consigo deixar o link:
http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=226&doc=5934
A pergunta está mais acima.