Ai sim?
DEPUTADOS DO PS DIZEM QUE O ORÇAMENTO DO ESTADO É INCONSTITUCIONAL
É quase certo que tenham razão – ainda que o Tribunal que vela pela dita cuja não o reconheça. Mas um pedido de fiscalização sucessiva do OE para esse Tribunal fica imediatamente desqualificado pelo simples facto de ter o patrocínio de um socratino militante como Alberto Costa ou o apoio de energúmenos do calibre de um Vitalino Canas ou de um José Lello – aquele tipo de personagens cuja companhia é sempre comprometedora para qualquer decência.
Manda, pois, o mais elementar bom senso e o sentido do decoro (político e não só) que o PCP e o BE se ponham a milhas de semelhante iniciativa…
Sobre as elevadas qualificações dos nossos ministros das Finanças
Bem observado. E se pensarmos que muitos professores catedráticos correspondem aos maiores cretinasnos que a Universidade alberga (quem não os sofreu nas suas licenciaturas?), é fácil prever que a “ciência” económica teria de contar com um bom número deles. O pior é que, neste caso, tais nulidades têm o poder de, com a sua estupidez, darem cabo de sociedades inteiras…
Afinal é só cretino
Há uns tempos chamámos-lhe canalha por causa de uma declarações miseráveis que fez sobre o desemprego como «zona de conforto».
Agora o Paulo Guinote considera-o proto-fascista e o Daniel Oliveira também lhe denuncia as inclinações anti-democráticas.
Parece, no entanto, que estamos todos enganados.
O tipo é apenas cretino.
O problema é que se trata de um cretino que lidera uma Faculdade, que passa a vida a defecar sentenças nos jornais e nas televisões e que até faz estudos encomendados.
Provavelmente, é o país que é cretino…
Simpático, dialogante, boa pessoa e… politicamente irrelevante
Ok, ele tem cara de boa pessoa (e é-o, provavelmente), um ar simpático e cordato, e foi sempre de uma enorme gentileza quando nos recebeu na qualidade de presidente da comissão parlamentar para os assuntos educativos. Também é verdade que afivelava uma aura de oposição às políticas de José Sócrates, mas, na hora da verdade (a das votações na Assembleia), alinhava docilmente com a linha socratina. Ele é tudo isso. E é mais uma coisa…
… A mais acabada irrelevância política que já esteve à frente da direcção do PS.
Não precisamos de explicar porquê, pois não?
Em rota descendente e acelerada
Aqueles que encararam, com alguma expectativa optimista, a nomeação de Nuno Crato para ministro da Educação e Ciência, e os que, como nós, a olharam com um cepticismo mitigado por aquilo que ainda não se sabia, têm agora razões de sobra para um juízo que só pode ser globalmente negativo. Não há, praticamente, nada que se aproveite.
E, em matéria de luta contra o famigerado «eduquês», pode-se dizer que de cada cavadela só sai uma reles minhoca.
Por este andar, não antevemos grande futuro para o papel de Nuno Crato como comentador televisivo do estado do ensino em Portugal…
Pensamento político do dia
«Quem combate os fogos são os incêndios.» – Santana Lopes, hoje, no telejornal da TVI, à noite.
(Ok, foi um acto falhado do senhor – entre tantos que ele já fez -, mas deixem-nos ser mauzinhos, tá?)
Nulidades pátrias
De entre os vários enigmas em que a nossa pátria é fértil, há um mistério menor (absolutamente menor) que temos alguma dificuldade em entender: o prestígio que rodeia essas vacuidades intelectuais que dão pelo nome de Manuel Maria Carrilho e António Barreto.
De vez em quando, ainda nos forçamos à tarefa de passar os olhos por um artigo que uma destas duas criaturas perpetra num periódico, com a ingénua esperança de que a regra tenha a sua excepção e que dali saia alguma coisa vagamente memorável. Em vão. A meio do artigo já desistimos da atenção concentrada, optando pelo modo «leitura em oblíquo», o único capaz de fazer justiça às banalidades que o texto expõe à nossa curta paciência.
É totalmente inglório o esforço de encontrar qualquer substância, um pequeno rasgo, um esboço de uma ideia interessante naquilo que escrevem ou naquilo que dizem.
E, no entanto, os dois lá vão mantendo colunas regulares nos jornais e são regularmente convidados para, nas televisões, cumprirem o seu papel de pitonisas do nosso tédio.
O mais bizarro é o coro de elogios que estas rotundas nulidades conseguem arrancar, vindos até de pessoas que lhes são infinitamente superiores e que, desse modo, dão mostras de que o curto-circuito cerebral pode afectar as cabeças mais insuspeitas.
Vem isto tudo a propósito do discurso de António Barreto nas comemorações do 10 de Junho.
Por uma vez, houve alguém que, de forma brilhante, destapou a nudez deste paupérrimo rei da nossa tristeza e do nosso bocejo: